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Kerbala (Reuters) – A explosão de um carro-bomba na frente de uma mesquita xiita na região central do Iraque matou pelo menos 23 pessoas e feriu 46 ontem, em um ataque a iraquianos nos últimos dias do mês sagrado do ramadã. Antes, diversas bombas e tiroteios mataram pelo menos uma dúzia de pessoas, a maioria em Bagdá, e um helicóptero dos Estados Unidos caiu em Ramadi, no oeste do país, onde forças norte-americanas combatem a insurgência árabe sunita que não mostra sinais de enfraquecimento.

A seis semanas das eleições parlamentares, o governo iraquiano fez um apelo para que a violência seja contida. O carro-bomba na cidade de Musayyib, ao sul de Bagdá e de maioria xiita, explodiu no momento em que as pessoas se preparavam para o festival Eid, que marca o fim do ramadã. O Eid deverá começar hoje ou amanhã.

O Ministério do Interior disse que 23 pessoas morreram no ataque, que usou um carro-bomba acionado por controle remoto. As vítimas eram xiitas, principal alvo da insurgência sunita, ainda fiel ao antigo governo de Saddam Hussein. Desde o início da guerra, Musayyib já foi atingida diversas vezes. Em julho, um suicida detonou um caminhão-tanque carregado com explosivos, matando 98 pessoas e ferindo 75. A cidade fica perto de uma linha imaginária que divide comunidades xiitas e sunitas, em uma região onde Saddam Hussein reassentou muitos de seus simpatizantes em terras férteis ao sul da capital.

O governo iraquiano, liderado pela maioria xiita, por curdos e por seus apoiadores norte-americanos, combatem a insurgência árabe sunita que matou milhares de pessoas desde a invasão militar dos EUA, em março de 2003. Comandantes norte-americanos advertiram para o aumento da violência antes da eleição de 15 de dezembro.

Ontem, duas bombas explodiram em Bagdá e mataram cinco soldados iraquianos e cinco civis. Um policial foi atingido por tiros na capital e outro soldado foi morto por uma bomba em Falluja. No oeste do Iraque, aviões da coalizão liderada pelos Estados Unidos bombardearam três abrigos da Al Qaeda perto da fronteira com a Síria, e pelo menos seis insurgentes podem ter morrido. O médico Hazim el-Ani in Husayba disse que 15 iraquianos foram mortos e sete ficaram feridos, mas os números não puderam ser verificados de maneira independente. Autoridades dos EUA acusam médicos locais de inflarem o número de vítimas, classificando guerrilheiros como civis.

Também ontem, dois fuzileiros navais dos EUA morreram na queda de um helicóptero "Super Cobra" na região de Ramadi, a oeste de Bagdá. A causa do acidente está sendo investigada.

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