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Quatro cartas escritas por Mark David Chapman, o homem que matou John Lennon, enviadas ao policial que o prendeu, foram a leilão nesta segunda-feira (18) em Los Angeles, nos Estados Unidos.

Nelas, Chapman demonstra verdadeira obsessão com o livro "O Apanhador no Campo de Centeio" (1951), escrito por J.D. Salinger (1919-2010).

Elas estão sendo leiloadas pela casa Moments In Time, especializadas em documentos históricos, com um valor básico de US$ 75 mil (R$ 146, 8 mil), de acordo com o administrador da empresa, Gary Zimet.

Ele disse também que decidiu leiloar as cartas em nome de Stephen Spiro, o policial que prendeu Chapman em 8 de dezembro de 1980, pouco depois que o criminoso disparou contra o beatle em Nova York.

As cartas foram datilografadas e assinadas por Chapman, durante diversos meses de 1983, pouco depois de ele ter sido condenado a uma sentença que pode durar por toda sua vida. Em agosto de 2012, ele tentou a liberdade condicional pela sétima vez e recebeu nova resposta negativa.

Na primeira carta, ele pede para ser amigo de Spiro e também diz que gostaria de terminar de ler "O Apanhador no Campo de Centeio", livro que estava lendo na época em que cometeu o crime. Além disso, ainda sugere que Spiro leia e conte a ele o que achou da obra de Salinger.

Numa outra carta, Chapman diz que deixaria nas mãos do policial decidir se Lennon era um "falso" ou não, em referência aos "falsos" citados pelo protagonista do livro, Holden Caulfield.

Segundo Spiro, ele decidiu vender as cartas para pagar contas médicas e porque acreditava que elas deveriam ser de domínio público. "Elas são parte da história", disse o policial, 66, hoje aposentado.

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