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Miguel Díaz-Canel, ditador de Cuba: ilha vive uma das piores crises de sua história há mais de três anos
Miguel Díaz-Canel, ditador de Cuba: ilha vive uma das piores crises de sua história há mais de três anos| Foto: EFE/ Ernesto Mastrascusa

A ONG Artigo 19 divulgou um relatório chamado “Cuba: resistência contra a censura”, no qual listou episódios de ataques à liberdade de expressão e métodos de repressão aplicados por Miguel Díaz-Canel para limitar ações que possam desestruturar sua ditadura comunista.

O documento denuncia que, somente no ano passado, foram registrados mais de 274 ataques contra ativistas e jornalistas independentes, cujo objetivo foi silenciar discursos de desaprovação social que se tornaram mais frequentes devido À grave crise enfrentada pela população da ilha.

Dividido em quatro seções, o relatório detalha que as prisões arbitrárias foram os ataques mais recorrentes de 2023: 29 contra jornalistas e 72 contra ativistas. A supressão do serviço de internet é o segundo ataque mais recorrente, com 52 casos contra jornalistas e oito contra ativistas. De forma diferenciada, a prisão domiciliar de jornalistas com 19 casos e a vigilância policial de ativistas com 15 buscas.

A ONG chegou aos resultados a partir de dados coletados de entrevistas, reportagens de imprensa, reclamações personalizadas e verificação de fontes.

Apesar das denúncias serem referentes ao ano anterior, o cenário não mudou muito. Durante o final de semana, quando os cubanos se dirigiram às ruas de Santiago e outras cidades irados contra a situação precária da fome e da falta de eletricidade na ilha, o regime de Díaz-Canel utilizou dois principais artifícios de censura para controlar as manifestações: as prisões arbitrárias e o corte de internet, para que a situação não se espalhasse.

As ONGs Justiça J11 e Cubalex confirmaram que pelo menos 10 pessoas foram detidas nos protestos pacíficos. Um dos presos, Leandro Tamayo Tito, foi libertado após pagar uma multa de 3.000 pesos por “desordem pública”, embora tenha sido obrigado a deixar a província e retornar ao seu local de residência. Por outro lado, o estado de Raúl González, outro dos detidos, permanece desconhecido.

A população foi às ruas em um dos maiores protestos desde o de julho de 2011 para expressar descontentamento generalizado pelos prolongados cortes de energia e pela falta de alimentos, realidade vivenciada diariamente em Cuba há pelo menos três anos.

As condições precárias de vida dos cubanos já provocou um êxodo histórico, que levou mais de 400 mil pessoas a migrarem para fora da ilha, principalmente para os EUA, nos últimos anos.

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