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Centenas de manifestantes se concentraram no domingo em Madri para protestar contra a condenação do juiz Baltasar Garzón a 11 anos de reclusão, taxando o veredicto de "vergonhoso".

Os manifestantes se reuniram em frente ao Tribunal Supremo, onde sete juízes condenaram na quinta-feira Garzón por um caso de escutas ilegais, gritando temas como "Garzón, amigo, o povo está contigo" e "queremos justiça".

"Que vergonha, que asco", lia-se em alguns dos numerosos cartazes e bandeiras agitados pelos manifestantes, reunidos ante uma grande bandeira com uma fotografia de Garzón.

"Esse é o único juiz que se atreveu a abrir processos sobre temas que eram politicamente incorretos", disse Manuel Melero, professor de 47 anos que esteve presente juntamente de suas duas filhas.

Baltasar Garzón foi condenado por ter ordenado gravações das conversações entre advogados e seus clientes suspeitos de corrupção que envolvia altos funcionários do conservador Partido Popular, agora no poder, em violação com os direitos da defesa.

Ele está sendo também processado em outros dois casos, um deles por ter investigado o desaparecimento de mais de 100.000 pessoas durante a Guerra Civil (1936-1939) e o franquismo (1939-1975).

"Parece-me muito injusto que um juiz que pela primeira vez tentou fazer justiça, tentando devolver a milhares de familiares seus mortos, seja condenado", disse Alba Vidal, uma estudante de 19 anos presente na manifestação.

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