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Centenas de ativistas pró-democracia se reuniram perto da sede do governo local de Hong Kong, nesta segunda-feira (28), em meio a forte esquema de segurança, para marcar o primeiro aniversário das manifestações que paralisaram partes da cidade, controlada pelo governo chinês.

A polícia estava em alerta para evitar uma repetição dos acontecimentos do ano passado, quando manifestantes bloquearam as principais vias para pressionar pela democracia plena, em manifestações que se tornaram o maior desafio político para os líderes do Partido Comunista da China em décadas.

Barreiras de metal foram colocadas em locais-chave, incluindo a sede do governo e as imediações do gabinete do dirigente de Hong Kong, Leung Chun-ying, embora ativistas tivessem declarado não ter nenhum plano para voltar a ocupar as ruas no centro financeiro da cidade.

“Acho que nosso objetivo em todo o movimento, a começar do Ocupe o Centro, é despertar o público de Hong Kong em geral para a importância da democracia”, disse Benny Tai, um dos cofundadores dos chamados protestos Ocupe. “Acho que foi alcançado muito mais do que o esperado.”

Multidões se reuniram em meio a um calor sufocante, com muitos carregando guarda-chuvas amarelos - um símbolo da luta pela democracia - e outros com cartazes retratando Leung como o diabo.

Os protestos do ano passado, durante 79 dias, não conseguiram fazer o governo chinês permitir uma votação plenamente democrática para a escolha do próximo líder da cidade em 2017, em vez de uma eleição com base em uma lista de candidatos pré-selecionados pelas autoridades nacionais, em Pequim, mas muitos dizem que as manifestações provocaram um despertar político.

Apelidado de Movimento Guarda-Chuva porque os manifestantes os usavam para se proteger do gás lacrimogéneo, a agitação foi a pior em Hong Kong desde que a China retomou o controle da cidade da Grã-Bretanha, em 1997.

A ex-colônia britânica voltou para o domínio chinês no âmbito do esquema político chamado “um país, dois sistemas”, que lhe deu leis separadas e um sistema judiciário independente, mas reservou a autoridade principal a Pequim.

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