Caracas O Centro Carter fez ontem um chamado ao diálogo entre o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e seus adversários que protestam contra o fechamento da Rádio Caracas televisão (RCTV), enquanto a calma relativa voltava às ruas de Caracas após três dias de protestos.
A organização fundada pelo ex-presidente americano Jimmy Carter, sediada em Atlanta (EUA), expressou preocupação com o potencial de escalada na violência depois que o governo venezuelano tirou do ar a RCTV no domingo. Policiais entraram em choque nesta semana com furiosos manifestantes, que protestavam contra o fato de Chávez não ter renovado a licença da RCTV.
"Democracias saudáveis precisam de espaços para o diálogo político e precisam debater para levar em conta as divisões, para que o futuro do país seja construído por caminhos pacíficos " disse o Carter Center. O grupo Repórteres sem Fronteira, baseado em Paris, acusou a Chávez de tentar controlar e, quando necessário, fechar a mídia de oposição.
O ministro da Justiça, Pedro Carreño, disse que 182 jovens, incluídos alguns menores de idade, foram detidos durante os protestos, e 107 foram levados à procuradoria.
O diretor de um grupo local de direitos humanos, o Observatório das Prisões Venezuelanas, disse que 259 manifestantes foram presos desde o fim de semana passado.
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