A cada ano, cerca de 200 mil crianças morrem assassinadas em conflitos armados, 400 milhões são exploradas pelo trabalho infantil, dois milhões são vítimas de tráfico sexual e outros dois milhões são mutiladas em todo o mundo, segundo dados do Centro Rainha Sofía para o Estudo da Violência.

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Estes são alguns dos números que serão analisados no Fórum Internacional "Infância e Violência", que acontece na quinta-feira e na sexta-feira na cidade espanhola de Valência.

O fórum será inaugurado pela Rainha Sofia da Espanha, que assistirá "como ouvinte a um bom número de sessões", explicou o coordenador do centro, José Sanmartín.

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Na Espanha, sete em cada dez casos de violência infantil acontecem no ambiente familiar, a maioria por negligência.

O número de casos de maus-tratos contra menores cometidos por parentes aumentou 150% nos últimos cinco anos.

No mundo, a cada ano, dois milhões de crianças são exploradas com fins sexuais. A maior parte é de meninas de 5 a 15 anos, que foram vendidas ou colocadas para adoção por seus pais, explicou Sanmartín.

No entanto, o principal contexto da violência infantil são os conflitos armados, já que, a cada ano, 200 mil crianças são assassinadas, 600 mil ficam feridas, seis mil morrem vitimadas por minas e há 3,5 milhões refugiadas por este motivo.

Neste contexto, para cada militar que morre, há nove vítimas civis, a maior parte mulheres e crianças.

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Também são consideradas vítimas as "crianças-soldado", que em alguns casos têm que matar seus próprios pais. Calcula-se que, atualmente, existam 300 mil menores participando de conflitos armados em andamento.

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