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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, recebe o chanceler da Rússia, Sergey Lavrov, no Palácio de Miraflores, em Caracas, 7 de fevereiro de 2020
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, recebe o chanceler da Rússia, Sergey Lavrov, no Palácio de Miraflores, em Caracas, 7 de fevereiro de 2020| Foto: Yuri CORTEZ / AFP

Em visita à Venezuela, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, reuniu-se com o ditador Nicolás Maduro nesta sexta-feira (7) e condenou as sanções americanas contra o regime chavista. A visita do chanceler russo faz parte de um roteiro pela América Latina que inclui Cuba e México e reforça o apoio russo ao chavismo.

No mesmo dia que os Estados Unidos decretaram novas sanções contra a Venezuela, Lavrov criticou as pressões do governo de Donald Trump para remover Maduro do poder. "Estas restrições são ilegais e constituem a principal causa do recesso econômico da Venezuela", disse Lavrov após se reunir com o ministro das Relações Exteriores do regime venezuelano, Jorge Arreaza, e a vice de Maduro, Delcy Rodríguez.

Na sua opinião, "o objetivo claro" das sanções é provocar "um levantamento popular" com objetivo de acessar as reservas de petróleo da Venezuela. Lavrov disse ainda que os EUA "ameaçam usar todas as opções na mesa e frequentemente recorrem a provocações".

O chanceler russo participou também de uma reunião da mesa de diálogo, grupo que reúne um setor minoritário da oposição e representantes chavistas.

A Rússia é uma importante aliada de Maduro, que enfrenta pesadas sanções de Washington que incluem um embargo ao petróleo do país desde abril de 2019. A Rússia também é um dos principais credores da Venezuela, atrás somente da China. Desde a proibição do fornecimento de petróleo da Venezuela aos EUA, que eram o seu maior comprador, Moscou ocupou o vácuo deixado pelos americanos.

EUA reforça apoio à oposição venezuelana

Nesta semana, o presidente americano Donald Trump recebeu na Casa Branca o líder da oposição ao chavismo, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países. Guaidó recebeu promessas de apoio e de aumento da pressão sobre o regime de Maduro.

O governo americano alertou ontem sobre consequências ao regime venezuelano caso Guaidó seja impossibilitado de retornar em segurança ao seu país.

O enviado especial do governo Trump para a Venezuela, Elliot Abrams, reiterou o apoio dos EUA à campanha da oposição liderada por Guaidó nesta sexta-feira. Abrams lembrou que Maduro "não estará para sempre no Palácio de Miraflores", em referência à sede do governo da Venezuela, e que ele "tem que decidir que destino quer para si e para sua família".

Abrams também afirmou em coletiva de imprensa na tarde de hoje que os EUA emitirão novas sanções ao regime, que serão anunciadas a partir da semana que vem, segundo o Infobae. Sobre a visita de Lavrov à Venezuela, Abrams disse que o chanceler russo "tem o direito de viajar". "Mas creio que ele está vendo o que aconteceu em 5 de janeiro [data em que deputados chavistas tentaram tomar a Assembleia Nacional]; vendo a condição da economia e as sanções que temos imposto e as que estão chegando. Duvido que Lavrov esteja felicitando Maduro", acrescentou.

Conteúdo editado por:Helen Mendes
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