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Jerusalém (EFE/Reuters) – A ministra de relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, pediu ontem à comunidade internacional que não reconheça um governo palestino liderado pelo grupo fundamentalista Hamas. A chefe da diplomacia israelense também pediu aos líderes internacionais que não legitimem o novo governo palestino se for liderado pelo grupo islâmico, que conquistou 76 das 132 cadeiras do Parlamento. Além disso, afirmou que, ao escolher o Hamas, o povo palestino perdeu uma oportunidade para a paz, que se iniciou após a retirada unilateral israelense da Faixa de Gaza em agosto e setembro. O primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, declarou ontem que "o Hamas não é um parceiro para a paz" e, portanto, "Israel e o mundo ignorarão esse governo e será irrelevante".

Israel não dialogará nem tratará com o governo do Hamas até que o movimento islâmico, deixe o caminho do terrorismo, segundo porta-vozes oficiais. Ainda assim, Olmert defendeu uma postura prudente e sugeriu esperar pelos próximos passos da organização islâmica.

"Sugiro não deixar-nos arrastar pela corrente porque estamos no princípio do processo e Israel é um país forte e não há motivo para se alarmar", afirmou o premier interino. Por enquanto, o boicote israelense se traduziu no congelamento da transferência mensal dos impostos e taxas de alfândegas à Autoridade Palestina, um dinheiro do qual vivem os cofres públicos palestinos e que lhes é de direito segundo os acordos de Oslo.

"O Hamas manterá a trégua durante os próximos meses", considerou o ex-chefe do serviço secreto, Avi Dichter. "O Hamas deve decidir agora se fixa seu olhar no Irã ou nos interesses do povo palestino."

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