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O presidente Hugo Chávez buscar, apoiou seu colega boliviano Evo Morales e garantiu que os protestos opositores são uma sabotagem de Washington e da oligarquia local à Assembléia Constituinte, no domingo (9). O venezuelano disse já ter conversado a respeito com Lula.

Em um ato público, transmitido em seu programa dominical "Alô Presidente" que contou com a presença de Morales, o venezuelano disparou contra Bush, ao dizer que o americano é responsável pelo que de ruim possa acontecer com o boliviano.

Chávez acrescentou que já tinha advertido ao Lula sobre as supostas ameaças que se formam contra o presidente boliviano e que se baseiam em documentos que Morales possui.

Lembrando as palavras de ordem que Che Guevara usava, disse querer a paz, mas se for preciso, garantiu que pode criar "dez Vietnãs na América Latina".

Chávez mantém uma ampla linha de cooperação especialmente energética com Morales. O boliviano conta com conselhos pessoais do venezuelano para governar.

Morales, que fez uma breve visita à Venezuela neste fim de semana, enfrenta em seu país uma situação conflitiva: na sexta-feira parlamentares decidiram suspender por um mês os trabalhos da Assembléia Constituinte. A cidade de Sucre exige a restituição da sede do poder Executivo e Legislativo, que hoje são em La Paz.

Na visita, Morales assinou com Chávez diversos acordos que estabelecem a criação de empresas binacionais e pactos de colaboração de livre comércio para fazer frente aos promovidos pelos EUA.

Além disso, concordaram com a construção de uma companhia de exploração de ferro em Mutun e assinaram várias cartas de intenção para a edificação de empresas de cimento, florestais e um complexo petroquímico.

Acordo

Chávez e Evo Morales assinaram no domingo (9) um convênio para criar uma empresa mista para explorar as jazidas de ferro na região boliviana de Mutún, que estão entre as maiores do mundo.

O acordo prevê a construção de um complexo de instalações para concentrar o mineral, reduzi-lo e tratá-lo em uma siderúrgica que produzirá para o mercado interno boliviano.

O documento foi assinado durante o programa dominical "Alô Presidente!", no mesmo ato em que foi anunciada uma carta de intenções para a instalação, em Cochabamba, de um complexo petroquímico binacional para explorar as reservas de gás da região.

Além disso, foram assinados compromissos para o desenvolvimento de duas fábricas de cimento de capital misto, e a implementação de projetos florestais na Bolívia.

Morales chegou neste domingo a Puerto Ordaz, 720 quilômetros ao sudeste de Caracas, para se reunir com Chávez.

Os governantes conversaram até a madrugada de hoje, segundo Chávez, e discutiram diversos assuntos de ordem política, econômica e social.

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