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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ameaçou na sexta-feira fechar canais de televisão locais que transmitirem mensagens que desestabilizem o país, a poucas semanas para as eleições em 3 de dezembro.

Chávez, que é apontado como vencedor nas principais pesquisas, acusa alguns meios de comunicação do país de terem contribuído para sua breve saída do poder em 2002 e denuncia que estão conspirando contra seu governo.

``(O) canal de televisão... que se prestar a difundir mensagens de terrorismo, de ódio, de guerra ou convocações contra as autoridades deve ser fechado'', disse Chávez durante o lançamento de um programa para racionalizar o consumo de energia elétrica.

O presidente, que afirma conduzir o país para o socialismo do século 21, vem alertando que setores da oposição, respaldados pelos Estados Unidos, planejam ações para desestabilizar o processo das campanhas e que não aceitarão os resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral.

``Alguns setores vão tratar de jogar o 3 de setembro na desestabilização... Não vamos permitir que a Venezuela... sangre outra vez'', acrescentou Chávez, em referência aos acontecimentos de abril de 2002, quando morreram dezenas de pessoas em protestos violentos após sua breve derrota.

Alguns meios de comunicação locais acusam Chávez de limitar a liberdade de expressão com uma lei de mídia aprovada durante sua gestão e afirmam que o canal estatal Venezolana de Televisión está somente a serviço dos interesses do seu governo e não do seu país.

O presidente ameaçou recentemente não renovar as concessões de algumas emissoras de TV que vencem em 2007, argumentando que são utilizadas para ``dar golpes de Estado e semear o terrorismo''.

Chávez qualificou as principais cadeias de televisão privadas do país --RCTV, Venevisión, Globovisión e Televen-- de ''cavaleiros do apocalipse'' e ``cavalos de Tróia do imperialismo norte-americano''.

O líder de esquerda, que mantém um enfrentamento verbal agressivo com o colega dos EUA, George W. Bush, garante que Washington prepara uma invasão no país rico em petróleo, além de um plano para assassiná-lo.

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