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O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse no sábado que o Irã está ajudando seu país a encontrar urânio, mas enfatizou que a Venezuela iria buscar energia nuclear apenas para uso pacífico.

O governo da Venezuela diz estar trabalhando com a Rússia para desenvolver energia nuclear para fins não-violentos. O ministro de Mineração do país afirmou no mês passado que autoridades iranianas estavam ajudando na procura por urânio, tendo testes preliminares indicado grandes depósitos.

"Estamos trabalhando com vários países, com o Irã, com a Rússia. Somos responsáveis pelo que estamos fazendo. Estamos com o controle", disse Chávez a repórteres na região central boliviana de Cochabamba, durante uma reunião de presidentes esquerdistas latino-americanos.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e outros líderes ocidentais acusam o Irã de procurar fabricar armas nucleares e o governo norte-americano expressou preocupação com as relações cada vez mais crescentes da Venezuela com o Irã.

O Irã supre o país sul-americano, rico em petróleo, com tratores e mercadorias de consumo, incluindo bicicletas e laticínios. No mês passado, Chávez se comprometeu a entregar ao Irã 20.000 barris de gasolina por dia.

Chavez disse que a Venezuela só iria usar a energia nuclear com finalidades pacíficas, acrescentando que nenhum dos dois países pretende construir uma bomba nuclear.

"O que propomos é que as bombas nucleares sejam eliminadas. A Venezuela nunca fabricará uma bomba nuclear", afirmou ele, acrescentando que o país está sendo injustamente criticado por planejar explorar urânio.

"E quanto àqueles que já têm bombas atômicas?.. Por que os governos da França, Estados Unidos, China e Rússia não são pressionados para eliminarem suas bombas atômicas?", indagou.

Chávez disse que seu país considera "estratégico" o desenvolvimento da indústria de mineração de urânio. A Venezuela tem conhecimento da presença de depósitos do minério, que é um combustível nuclear, mas não estudou a questão intensamente e o produto não é explorado.

Os presidentes esquerdistas latino americanos, como Chávez, Rafael Correa, do Equador, e Evo Morales, da Bolívia, são duros críticos das políticas externas dos EUA e nos últimos anos estabeleceram laços mais próximos com Rússia e Irã.

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