O presidente venezuelano, Hugo Chávez, que está recebendo tratamento contra câncer, apareceu neste sábado (2) em público pela primeira vez desde abril após se reunir com uma delegação do governo bielorrusso. Chavez estaria tomando remédio cem vezes mais forte que morfina, o fentanil, para aliviar as dores que o avanço do câncer em seu ossos estaria provocando, informa reportagem publicada no jornal espanhol "ABC".
Os médicos também estariam dando bisfosfonato a Chávez para combater o avanço da metástase e corticoide para aliviar os efeitos colaterais da radiação e da quimioterapia. As informações publicadas pelo jornal espanhol são baseadas num comunicado de inteligência, ao qual o "ABC" teve acesso, elaborado a partir das determinações médicas da equipe que atende o presidente.
As fontes confirmam que Chávez sofre de um rabdomiossarcoma, tumor maligno dos músculos que são ligados aos ossos, que estão com metástase. Parte da equipe estima, de acordo com o informe de inteligência, que, se não houver uma recaída inesperada, o presidente poderia chegar às eleições venezuelanas, que ocorrem no dia 7 de outubro. Em todo o tratamento, no entanto, teriam ocorrido diversas recaídas. Além disso, "o câncer continua se espalhando pelos ossos", afirma o documento.
O tratamento em Cuba inclui radio e quimioterapia. Os efeitos da radiação, fortes dores e grande ansiedade, "são especialmente preocupantes e, em algum momento, seu corpo não poderá mais suportá-los", segundo o documento. Os procedimentos são para "enfrentar a extensão do câncer, não para erradicá-los"
Reunião
Chávez apareceu na televisão dirigindo reuniões de seu gabinete ministerial sentado. As reuniões foram fechadas à imprensa.
A ausência pública de Chávez, que manteve em segredo os detalhes de sua doença, despertam todo tipo de especulações na Venezuela. No evento, o presidente parecia mais magro, e anunciou planos que já estão em andamento.
Chávez, que tem 57 anos, havia antecipado que diminuirá suas aparições para recuperar sua saúde e encarar a campanha eleitoral para os comícios de 7 de outubro, nos quais buscará a reeleição.
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