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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou nesta quinta-feira (23) que seguirá governando após as eleições de outubro, apesar do retorno do câncer, e voltou a ameaçar os bancos de estatização durante uma reunião do gabinete.

Na véspera de viajar a Cuba para retirar um tumor, Chávez garantiu que mesmo com a doença a oposição não conseguirá vencê-lo nas presidenciais de 7 de outubro, quando será reeleito para um terceiro mandato sobre o candidato opositor Henrique Capriles.

"Não voltarão (a governar), com ou sem câncer. Com doença ou não, não voltarão ao poder. Podem ter a certeza de que venceremos por nocaute no dia 7 de outubro", disse o presidente, que será operado no início da próxima semana em Havana.

Chávez voltou a ameaçar os bancos venezuelanos de estatização: "Se vocês (ministros) observarem algum banqueiro, algum banco, nos olhando como se fôssemos babacas, me falem porque estatizo na hora, não penso duas vezes".

Segundo o presidente, os bancos privados estão obrigados a conceder créditos ao setor agrícola, especialmente aos pequenos produtores.

Chávez aprovou nesta quinta-feira a criação de "uma carteira agrícola obrigatória" de créditos dos bancos privados e estatais para financiar o setor, como parte do plano do governo para impulsionar a produção de alimentos e reduzir as importações.

Os bancos "têm a obrigação de cumprir com a carteira agrícola", disse o presidente em rede nacional de rádio e televisão.

Segundo o vice-presidente venezuelano, Elías Jaua, também ministro da Agricultura, o governo planeja obter em maio até 10 bilhões de bolívares (cerca de 2,3 bilhões dólares) para produzir seis milhões de toneladas de alimentos.

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