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O presidente Hugo Chávez definiu-se como "um subversivo" que impulsiona uma nova etapa socialista na Venezuela, de 2007 a 2021, no lançamento neste domingo do programa de entrevistas televisivas de seu ex-vice-presidente José Vicente Rangel.

"Hugo Chávez é produto de uma rebelião militar legítima", disse Chávez, lembrando o frustrado golpe de Estado que liderou em 1992.

Durante oito anos, Rangel, 76, foi chanceler, ministro da Defesa e vice-presidente de Chávez, até que foi substituído em janeiro passado, quando o presidente venezuelano começou a aprofundar seu projeto socialista por meio de nacionalizações da indústria de telecomunicações, elétrica e petrolífera.

Rangel lançou o programa dominical "José Vicente Hoy", que foi transmitido pela TV privada Televen e pela estatal Venezuelana de TV. Rangel começou apresentando uma entrevista que fez com Chávez em 1998, 48 horas antes de sua primeira vitória eleitoral. O apresentador perguntou a Chávez o que ele achava da idéia de que "todo militar é um ditador em potencial", repetida por seus críticos.

"É uma visão maniqueísta que tenta vincular o militar à ditadura, as novas gerações foram formadas com uma visão do humanismo, do respeito aos direitos humanos e à democracia", respondeu.

Rangel resumiu a vida de Chávez em quatro etapas: a primera começa com sua entrada na Academia Militar até o fracasso do golpe de 1992. A segunda, até sua vitória eleitoral em dezembro de 1998. Depois, a que se estende até 11 de abril de 2002, quando sobreviveu a um efêmero golpe dado pela direita e, finalmente, o período até 6 de dezembro de 2006, quando foi reeleito.

"O novo tempo de Chávez é o tempo socialista", resumiu o presidente.

Mas Chávez fez a própria divisão das etapas de sua vida prognosticando que governará até 2021: "De 1977 a 1992, Chávez passou de um batalhão anti-subversivo para um subversivo e juramentou cinco soldados para criar o Exército Bolivariano de Libertação.

"Andava lendo Che Guevara e o revolucionário russo Gueorgui Valentinovich Plehkanov", relatou Chávez.

Afirmou que esta nova era socialista irá de 2007 a 2021 e confirmou os planos de realizar uma reforma constitucional para permitir a reeleição sem limites.

"Um subversivo. A Venezuela tem um subversivo no (Palácio) Miraflores, sempre procuro subverter", confessou o presidente.

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