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O Congresso chileno aprovou nesta terça-feira uma reforma emblemática na Constituição criada pelo ex-ditador Augusto Pinochet. Apesar das mudanças, não houve consenso para alterar o atual sistema de eleições parlamentares.

O novo texto, que será promulgado em setembro pelo presidente Ricardo Lagos, elimina a influência militar no Congresso e reduz o mandato presidencial de seis para quatro anos. Ao todo, 58 emendas foram feitas à Constituição. A assinatura de Pinochet foi apagada do texto.

- Hoje é um grande dia para o Chile. Todos sabemos que a Constituição nascida de um regime autoritário não expressava o pensamento da maioria dos chilenos - disse Lagos.

O Congresso desmantelou a presença militar no Parlamento, ao eliminar os chamados senadores designados. A maioria deles é militar. Também acabou com os parlamentares vitalícios, posto que Pinochet chegou a ocupar.

O ex-ditador, com 89 anos, está afastado da vida política e é alvo de uma série de processos judiciais relacionados a violações de direitos humanos e delitos econômicos, incluindo contas milionárias no exterior que levaram à prisão na semana passada de sua mulher e seu filho mais novo.

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