Cidade do Panamá, 10 abr (EFE).- O chanceler chileno, Heraldo Muñoz, declarou nesta sexta-feira à Agência Efe que a decisão de Washington de declarar a Venezuela como uma ameaça foi “infeliz” e que o Chile se opõe às “sanções unilaterais” que os Estados Unidos impuseram ao regime de Nicolás Maduro.

CARREGANDO :)

Muñoz, que se encontra no Panamá para participar da VII Cúpula das Américas em representação da presidente chilena, Michelle Bachelet, também explicou em entrevista à Efe que a presença de Cuba na reunião continental representa “o começo do fim da Guerra Fria” no continente americano.

A presidente Bachelet não pôde comparecer à cúpula, que será o palco do histórico encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e Cuba, Raúl Castro, devido às graves inundações que afetaram o norte do Chile.

Publicidade

Na quarta-feira, Bachelet declarou na capital chilena que a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) deveria exercer um papel para facilitar o diálogo entre o governo de Maduro e a oposição venezuelana.

Na mesma linha ao declarado por Bachelet, Muñoz repetiu hoje que o Chile está mais a favor de trabalhar discretamente por um diálogo construtivo para solucionar conflitos que em uma política “declarativa”.

Porém, Muñoz também assinalou às claras que o Chile está disposto a opor-se à política dos Estados Unidos a respeito de Venezuela, ou outros temas conflituosos, ao referir-se à recusa do país sul-americano a apoiar o uso da força de Washington contra o Iraque em 2003.

“Fomos muito claros, como fomos claros em outras ocasiões. Quando o Chile esteve no Conselho de Segurança, em 2003, falamos claramente que nos opúnhamos a uma ação à margem do Conselho de Segurança em relação ao uso da força no Iraque”, explicou Muñoz.

“Nessa ocasião havia alguns temas importantes para o Chile no âmbito bilateral com os Estados Unidos e fomos claros, como fomos agora”, concluiu. EFE

Publicidade