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Pequim (Folhapress) – O governo da China confirmou ontem três casos de gripe aviária entre humanos, os primeiros a serem oficialmente reportados no país. Dois deles foram registrados na província de Hunan (centro) e o terceiro na província de Anhui, leste do país. Até agora, a doença só tinha atingido animais na China – 11 focos foram identificados pelo governo, que ordenou a matança de milhões de aves.

Não foram divulgados detalhes sobre as pessoas doentes, mas autoridades chinesas e membros da Organização Mundial de Saúde (OMS) estavam analisando os casos de dois irmãos – um menino de 9 anos e uma menina de 12 – que teriam sido internados no mês passado em Hunan. Segundo os médicos, em vez de gripe aviária, eles podiam estar com pneumonia. A garota morreu e foi incinerada. Seu irmão teve alta do hospital. Uma professora de Hunan que convivia com os dois irmãos também apresentou sintomas de gripe aviária e morreu, mas também não há certeza de que ela seja um dos três casos admitidos pelo governo chinês.

Desde 2003, ao menos 64 pessoas morreram infectadas pelo vírus da gripe das aves, o H5N1. Os especialistas alertam para o risco de o vírus sofrer uma mutação na China, devido ao grande número de aves no país e ao contato de humanos com os animais. Além disso, várias aves migratórias fazem do território chinês parte de sua rota, o que pode ajudar a espalhar o vírus pelo mundo.

Ocultação

Um oficial da Província chinesa de Liaoning foi detido e outros sete foram afastados de seus cargos por ocultar dados sobre a gripe aviária na região, a mais afetada do país pela doença, segundo a imprensa oficial. O detido é Zhao Yonghe, responsável pela pecuária da região de Badaohao, no distrito de Heishan, onde em 4 de novembro se confirmou um foco do vírus H5N1 que matou 9 mil aves de granja. Zhao informou oficialmente que as aves estavam saudáveis, enquanto os animais tinham sido atingidos pela doença, alegou o governo chinês.

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