A China lamentou nesta terça-feira (2) a "interferência flagrante" do presidente dos EUA, Donald Trump, nos assuntos internos de Hong Kong. O americano disse que os manifestantes que invadiram o parlamento desta ex-colônia britânica, devolvida à Pequim em 1997, "querem democracia".
Em uma mensagem forte, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, assegurou que os Estados Unidos não devem "apoiar de forma alguma aqueles que recorrem à violência e violam a lei".
Na segunda-feira (1º), em Hong Kong, depois de algumas semanas de relativa calma, os manifestantes mais radicais invadiram o Conselho Legislativo (LegCo), o Parlamento da megalópole. No local, eles exibiram uma faixa da época colonial britânica, rasgaram fotos de líderes de Hong Kong e saquearam o prédio, deixando pichações em suas paredes. A polícia de choque de Hong Kong retomou o controle total do Parlamento nesta terça-feira.
Há meses, as manifestações refletem o medo da população de Hong Kong em face da crescente influência do governo chinês e do declínio das liberdades na antiga colônia. Embora Hong Kong tenha sido transferido do Reino Unido para a China há 22 anos, o território ainda é administrado sob um acordo conhecido como "um país, dois sistemas". Assim, os habitantes do território gozam de direitos raramente vistos na China continental, mas muitos sentem que o gigante asiático tem se afastado do acordo.
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