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O Ministério das Relações Exteriores da China disse na segunda-feira (17 que os protestos internacionais motivados pelo movimento Ocupem Wall Street nos Estados Unidos são um motivo de "reflexão", mas a reflexão deve ser focada em garantir o crescimento econômico saudável do mundo. Manifestantes contra o mercado financeiros se reuniram no sábado (15) em vários países, acusando banqueiros e políticos pela crise econômica internacional. Houve violência em Roma, onde carros foram incendiados e janelas de banco quebradas. "Temos notado que a mídia tem tratado muito deste assunto recentemente. Nós pensamos que há muitas questões aqui em que as pessoas devem pensar", disse o porta-voz do ministério Liu Weimin em entrevista coletiva rotineira.

"Temos notado que nos meios de comunicação tem havido discussões, comentários e reflexão sobre essas atividades. Mas todas essas reflexões devem propiciar a manutenção do desenvolvimento estável e saudável da economia global", acrescentou. Inspirados pelo movimento Ocupem Wall Street, os protestos começaram na Nova Zelândia, se repetiram em partes da Ásia, se espalharam pela Europa e voltaram a seu ponto de partida, em Nova York, com 5 mil manifestantes denunciando a ganância corporativa e desigualdade econômica.

Mas os chamados online para protestos similares na China continental no fim de semana fracassaram. Os governantes do país estão alertar para qualquer tipo de manifestação. O governante Partido Comunista chinês agiu duramente contra dissidentes e ativistas em defesa de direitos humanos no início deste ano após circular pela Internet chamados para o povo chinês seguir o exemplo da Primavera Árabe e levantar-se contra seu governo. O Global Times, tabloide chinês com grande número de leitores, publicado pelo jornal principal do Partido, o Diário do Povo, destacou em editorial que "os países ocidentais podem suportar melhor as manifestações de rua, já que seus governos são eleitos". "Os conflitos podem ser pequenos ou graves, mas não trarão mudanças significativas", acrescentou. "A China precisa manter a calma e observar como os movimentos de rua no mundo ocidental se desenvolvem e fazer as escolhas certas para seu próprio bem."

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