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China e Índia assinaram um acordo nesta quarta-feira (23) com o objetivo de acalmar a tensão sobre uma disputa de fronteira, à medida que os dois gigantes com armas nucleares tentam romper um impasse de décadas pela reivindicação de longos trechos remotos do Himalaia.

O acordo foi assinado no Grande Salão do Povo, em Pequim, após uma reunião entre o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, e o premiê chinês, Li Keqiang.

A China, aliada do inimigo de longa data da Índia, Paquistão, reivindica mais de 90.000 quilômetros quadrados contestados por Nova Délhi no leste do Himalaia. A Índia diz que a China ocupa 38.000 quilômetros quadrados do seu território no planalto Aksai Chin, no oeste.

Os dois países travaram uma breve guerra de fronteira em 1962 e, desde então, os laços são marcados pela desconfiança. Houve uma série de supostas violações por parte de patrulhas militares chinesas no início deste ano.

"Tenho certeza que o acordo vai ajudar a manter a paz, a tranquilidade e a estabilidade em nossas áreas de fronteira", disse Li, da China, a jornalistas após o encontro com Singh.

Singh disse que o acordo "vai adicionar aos instrumentos existentes para garantir a paz, estabilidade e previsibilidade nas nossas fronteiras".

Sob o novo acordo, os dois lados vão dar avisos de patrulha ao longo da fronteira mal definida para assegurar que as patrulhas não se choquem entre si, reduzindo a chance de confronto.

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