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Manifestantes pedem a libertação de Liu Xiaobo, em frente do consulado chinês de Los Angeles. Ativista foi condenado por defender democracia e direitos humanos | Gabriel Bouys/AFP
Manifestantes pedem a libertação de Liu Xiaobo, em frente do consulado chinês de Los Angeles. Ativista foi condenado por defender democracia e direitos humanos| Foto: Gabriel Bouys/AFP

Alternativo

Bispo do Xingu recebe homenagem

O trabalho em defesa dos direitos dos povos originários do Brasil, especialmente no caso da polêmica sobre a construção da usina de Belo Monte, rendeu ao bispo católico do Xingu, Erwin Kräutler, o prêmio Right Livelihood Award, conhecido como Nobel Alternativo.

O anúncio foi feito ontem pela ONG Survival International, associação que defende o direito dos povos originários de todo o mundo.

Após o anúncio do prêmio, Kräutler falou sobre "a dor, o desespero e a insegurança" que afligem os indígenas guaranis, "confinados em áreas muito pequenas onde os jovens não veem perspectivas para o futuro e se são registradas taxas alarmantes de suicídios".

"O governo atual está ignorando este cruel genocídio, registrado sob seus olhos", acusou o bispo católico em nota divulgada pela Survival International.

O bispo acrescentou ainda que os indígenas "sabem muito bem que eles não sobreviverão se a Amazônia continuar a ser desrespeitada e destruída".

Oslo - A China e outros 18 países recusaram oficialmente o convite pa­­ra participar da en­­trega do Prêmio Nobel da Paz ao dissidente chinês Liu Xiaobo, in­­formou a comissão norueguesa responsável pela premiação. A cerimônia será em Os­­lo, na Noruega.

Esses países são Rússia, Casa­­quistão, Colômbia, Tunísia, Ará­­bia Saudita, Paquistão, Sérvia, Ira­­que, Irã, Vietnã, Afeganistão, Ve­­ne­­zuela, Filipinas, Egito, Su­­dão, Ucrânia, Cuba e Marrocos. Os re­­presentantes desses países estarão ausentes no evento "por diversos motivos", disse um co­­municado.

Segundo a comissão do Nobel, a China realizou uma campanha sem precedentes para afastar os embaixadores da cerimônia de gala para Liu, que está cumprindo uma pena de 11 anos na prisão por seu ativismo em defesa dos direitos humanos e da democracia na China.

A China enviou cartas para ministérios de Relações Exterio­­res e embaixadas pedindo que os diplomatas fiquem longe da ce­­rimônia e alertou sobre "con­­se­quências" para aqueles que apoiarem o ativista pró-democracia. O governo chinês também suspendeu negociações comerciais com a Noruega.

Membros do comitê do Nobel disseram que o prêmio pode não ser entregue nesta sexta-feira porque é improvável que familiares de Liu possam participar da solenidade.

Em carta, Liu Xia, esposa do dissidente, pede a cem dissidentes chineses, advogados e professores, que recebam o prêmio em nome de Xiaobo.

Libertação

Na semana de entrega do Nobel, os EUA instaram Pequim, ontem, a libertar Xiaobo, antes da cerimô­­nia. Referindo-se ao tema dos di­­reitos humanos, o vice-secretário de Estado, James Steinberg, disse que "este é um assunto im­­por­­tante entre nossos dois países". "Os EUA continuam preocupados com o rigoroso controle que o governo chinês exerce sobre as atividades e as pessoas que as autoridades consideram ameaçadoras para o Partido Comunista", acrescentou. "Espe­­ramos que a China dê passos positivos com relação aos direitos humanos, in­­clusive a libertação do prêmio Nobel da Paz, Liu Xiao­­bo", disse Steinberg. Liu foi sentenciado em dezembro passado a 11 anos de prisão por acusações de subversão contra o governo chinês.

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