Durante reunião realizada na última quarta-feira (23), o ditador da China, Xi Jinping, reafirmou o compromisso de seu país em apoiar o regime de Cuba na “proteção de sua soberania nacional”.
No encontro realizado em Joanesburgo, antes da cúpula dos Brics, Xi destacou sua oposição à “interferência estrangeira e ao embargo econômico dos Estados Unidos”, ao mesmo tempo em que enfatizou sua intenção de aprofundar a "cooperação estratégica" com Cuba.
De acordo com um comunicado divulgado pelo Ministério de Assuntos Exteriores da China, o ditador chinês elogiou o “contínuo e firme apoio de Cuba à China” em questões de "interesse mútuo".
Ele assegurou que a China continuará a oferecer um “forte respaldo à defesa da soberania cubana” e se esforçará para combater “interferências externas e bloqueios”, além de fornecer assistência para o “progresso econômico e social de Cuba”.
Por sua vez, o ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, destacou os laços que “aproximam” Cuba e China, enfatizando a “admiração do povo cubano” pelo “presidente Xi Jinping”. Díaz-Canel expressou sua “sincera gratidão à China” pelo apoio que tem fornecido à “causa justa de Cuba”.
O encontro entre os dois ditadores ocorreu meses após as especulações sobre um acordo secreto entre China e Cuba para o estabelecimento de uma base de espionagem na ilha, informação reportada pelo jornal americano The Wall Street Journal. Tanto as autoridades chinesas quanto as cubanas negaram “vigorosamente” tais alegações.
Em junho, um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Mao Ning, declarou que o governo chinês “não tinha conhecimento de quaisquer negociações para a criação de uma base militar conjunta em Cuba”.
A polêmica sobre o assunto cresceu quando a Casa Branca confirmou o uso de bases secretas chinesas em Cuba para atividades de espionagem direcionadas aos Estados Unidos.