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A China anunciou, nesta quinta-feira (10), que reduzirá o número de filmes americanos exibidos no país asiático em retaliação às tarifas de 125% impostas por Donald Trump sobre seus produtos.
"Seguiremos os princípios de mercado, respeitaremos as preferências do público e reduziremos moderadamente o volume de importações de filmes americanos", disse a Administração de Cinema da China em um breve comunicado.
A agência acrescentou que a prática "errônea" do governo americano de impor "tarifas excessivas" à China "provavelmente diminuirá ainda mais a percepção favorável do público chinês sobre os filmes americanos".
"A China é o segundo maior mercado cinematográfico do mundo. Sempre mantivemos um alto nível de abertura ao mundo exterior e lançaremos mais filmes de todo o mundo para atender à demanda do mercado", afirmou a instituição.
No entanto, vale lembrar que as autoridades chinesas limitam o número de filmes estrangeiros por meio de um sistema de cotas que permite a exibição de cerca de 35 produções por ano, muitas delas americanas.
A medida pode ter efeitos negativos sobre os estúdios de Hollywood, já que a China continua sendo o segundo maior mercado cinematográfico do mundo.
Pequim elevou nesta quinta-feira de 34% para 84% as taxas sobre produtos dos EUA que chegam ao país, em resposta à tarifa adicional de 50% anunciada na última terça por Donald Trump, que subiu para 104% o total das taxas sobre produtos chineses que entram no mercado americano.
Após o anúncio de Pequim, Trump aumentou novamente as tarifas sobre a China, elevando-as para um total de 125%, com efeito imediato, ao mesmo tempo em que declarou uma trégua de 90 dias sobre a maioria das tarifas anunciadas no último dia 2 para outros países.
Conteúdo editado por: Isabella de Paula