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As milenares gravações egípcias esculpidas nas pedras de Luxor não são mais as mesmas. Isto porque um turista adolescente chinês resolveu deixar sua marca em uma das figuras das paredes do templo: "Ding Jinhao estave aqui." A marca arranhada na escultura que cultiva uma história de 3.500 anos virou motivo de constrangimento e revolta nas redes sociais, tanto entre egípcios quanto entre chineses.

Um dos usuários da rede Weibo, uma espécie de Twitter chinês, fotografou a pichação de Ding Jinhao e postou na rede, comentando o seu descontentamento. Para o internauta Shen, o rabisco é um exemplo do mau comportamento dos turistas chineses no exterior.

"O momento mais triste no Egito. Estou tão envergonhado que quero me esconder. Eu disse para o guia turístico egípcio: 'Sinto muito.'"

Outro post foi mais longe: "É uma vergonha para toda nossa raça!", exclamou outro chinês.

Após a foto, foi fácil identificar o autor da pichação, um jovem de 15 anos, de Nanquim. O pichador foi rastreado e, além do nome, teve revelados informações pessoais e o local onde estuda. Hackers comprometeram a página da escola onde cursou o ensino fundamental, redirecionando os internautas para uma página parodiando a gravação de Ding.

O assédio despertado nas redes sociais levou os pais de Ding Jinhao a virem a público. Eles admitiram que o filho vandalizou a obra de arte egípcia há alguns anos, mas que se arrependeu. Os pais se disseram envergonhados e assumiram parte da culpa, admitindo que faltou supervisão ao filho.

"Queremos pedir desculpas ao povo do Egito e às pessoas que prestaram atenção a este caso em toda a China", disse a mãe do garoto ao jornal "China Daily". O pai, por sua vez, pediu aos internautas para deixarem o filho em paz. "É mais pressão do que ele pode suportar", afirmou.

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