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O presidente da França, Jacques Chirac, e o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, chegaram nesta sexta-feira a um consenso sobre a necessidade de se obter um acordo sobre uma resolução no Conselho de Segurança da ONU, informou o Palácio do Eliseu. Em conversa por telefone, os dois dirigentes falaram sobre a evolução das negociações no Conselho de Segurança para aprovar uma resolução que ponha fim às hostilidades entre Israel e o Hezbollah .

Chirac defende que "todos os esforços" sejam feitos para que se possa chegar o mais rápido possível a "um cessar-fogo" referendado pela ONU. O primeiro-ministro finlandês e presidente rotativo da União Européia, Matti Vanhanen, concorda sobre a necessidade de continuar as negociações entre os membros da UE para "alcançar este objetivo". O Conselho de Segurança da ONU se reúne, ainda nesta sexta-feira, em Nova York.

Na quinta-feira, o presidente francês conversou com os chefes de Governo de Itália, Romano Prodi, e da Suécia, Goran Persson, e reiterou que a obtenção de um acordo político é condição "imprescindível" para o envio de uma força internacional ao Líbano.

A França apresentou no fim de semana passado um projeto de resolução no Conselho de Segurança e negocia com os Estados Unidos uma versão final sobre o texto. A proposta francesa propõe três etapas consecutivas: fim das hostilidades, seguido de um acordo político para um cessar-fogo durável e o envio de uma força internacional ao sul do Líbano.

Em entrevista ao programa Larry King Live, da CNN, na quinta-feira, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, disse que se avança em direção a uma solução por "etapas", em uma aparente aproximação em direção às posições da França e de outros países europeus. A solução passaria primeiro pelo fim das hostilidades e se basearia no "estabelecimento de princípios muito importantes sobre os meios para seguir em frente".

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, confirmou, em uma visita ao Haiti, que o Conselho de Segurança trabalha com a possibilidade de adotar duas resoluções ao invés de apenas uma.

O Ministério de Relações Exteriores da França indicou que a "eventualidade" de dois projetos de resolução está sendo discutida em Nova York e que poderia ser uma opção "mais simples".

O primeiro texto seria sobre o "fim imediato das hostilidades e as condições de um acordo político", e o segundo sobre as condições do envio da força internacional, afirmou o porta-voz francês, Denis Simmoneau.

O porta-voz indicou que a adoção de duas resoluções não está decidida, lembrando que "o essencial" para a França é que uma resolução seja adotada "rapidamente".

O fim das hostilidades é necessário para poder dar início à negociação política, indicou, depois de ressaltar a dificuldade de "começar a negociar sobre elementos de um acordo político enquanto houver atos hostis" entre as duas partes.

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