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Pelo menos 216 pessoas morreram em decorrência das enchentes causadas pelas monções no sul da Ásia nos últimos dez dias, disseram autoridades na sexta-feira, e mais de 10 milhões estão desabrigadas ou ilhadas, muitas delas sem acesso à assistência médica.

Com isso, cresce o risco do aparecimento de doenças trazidas pela enchente. Algumas pessoas foram vítimas de mordidas de cobras, outras sofreram ferimentos por causa do desabamento das casas, e muitas se afogaram.

O Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) disse que as inundações estão levando o caos à região e podem ser as piores de uma geração inteira em algumas regiões.

"A escala das enchentes e o número enorme de pessoas afetadas representa um desafio sem precedentes para a assistência humanitária", disse o Unicef.

A infra-estrutura médica rural desapareceu em muitas regiões. No estado de Bihar, na Índia, várias mulheres deram à luz a natimortos em áreas afetadas.

"Há muito pouco o que fazer, já que quase metade dos 315 centro de saúde dos distritos remotos estão inundados", disse Baidyanath Singh, uma autoridade da área da saúde. Os moradores de Bihar, que tem cerca de 90 milhões de habitantes, dizem estar enfrentando falta de remédios e de alimentos.

Em Bangladesh, quase metade do país está sob as águas. A inundação chegou a afetar as partes mais baixas da capital, Daca. "A situação está piorando a cada hora que passa", disse o jornalista Biplob Chakravarty, da cidade de Manikganj, ao norte da capital.

As autoridades afirmaram que mais de 300 mil hectares de lavouras foram afetados.

No Estado de Assam, no nordeste da Índia, há quase 3 milhões de desalojados. Milhares estão acampados em estradas e margens de rio, nos poucos espaços não afetados pela inundação. Helicópteros e barcos militares tentam levar comida, água potável e remédio até eles.

No leste do Estado mais populoso da Índia, Uttar Pradesh, as enchentes inundaram quase 300 vilarejos. No oeste do país, vôos e trens sofreram atrasos por causa das chuvas no centro financeiro de Mumbai, onde a água chegava até o joelho das pessoas.

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