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Ucranianos tapam a boca com bandeiras dos Estados Unidos em apoio ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange | Vladimir Sindeyev/Reuters
Ucranianos tapam a boca com bandeiras dos Estados Unidos em apoio ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange| Foto: Vladimir Sindeyev/Reuters

Memórias

Cia. das Letras publicará no Brasil livro de Asssange

O livro de memórias do jornalista australiano Julian Assange, criador e editor-chefe do WikiLeaks, já tem editora no Brasil. O acordo foi fechado com a Cia. das Letras. O lançamento será simultâneo em todo o mundo. No entanto, a data de publicação ainda não está definida.

O WikiLeaks é um site conhecido por divulgar documentos sigilosos. Embora no ar há alguns anos, ele ganhou destaque internacional neste ano, ao levar a público 77 mil documentos da inteligência americana sobre o Iraque e, nas últimas semanas, mais de 250 mil telegramas secretos do Departamento de Estado dos EUA com os bastidores da diplomacia americana.

Assange está atualmente em liberdade sob fiança no interior da Inglaterra, enquanto tenta evitar uma extradição para a Suécia, onde as autoridades querem interrogá-lo sob suspeita de crimes sexuais.

Ontem, o jornal britânico Guardian informou que Assange vendeu suas memórias a uma editora nos EUA e uma no Reino Unido, e deve ter um manuscrito pronto em março.

Segundo o jornal, Assange vendeu suas memórias à editora Canongate, no Reino Unido, e Knopf, nos EUA, parte da Random House, pertencente à Bertelsmann AG.

A notícia dos livros vieram à tona por meio de um tuíte da editora espanhola Random House Mondadori, com o chefe da divisão literária Claudio Lopez dizendo ao mundo: "Manuscrito listo em marzo" (manuscrito pronto em março).

Um porta-voz da Random House em Nova York disse que a editora não tem informações sobre o assunto no momento. A Canongate também não pôde confirmar ou negar a notícia.

Le Monde elege criador de site "homem do ano"

Julian Assange foi escolhido o "homem do ano" pela redação do jornal francês Le Monde, que dedicará a capa e um artigo biográfico ao fundador do site WikiLeaks em seu suplemento semanal, que será publicado amanhã.

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Washington - A Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos criou um grupo de trabalho que avaliará as consequências da divulgação de milhares de documentos diplomáticos do Departamento de Es­­tado por parte do site Wiki­­Leaks, anunciaram diversas fontes esta quarta-feira. O diretor da agência, Leon Panetta, pediu ao grupo de trabalho que investigue se as últimas revelações de documentos por parte do WikiLeaks podem afetar as relações da agência no exterior ou suas operações, segundo explicou ontem George Little, porta-voz da CIA.

Apesar de poucos documentos divulgados citarem a central de inteligência norte-americana, a agência quer avaliar suas possíveis consequências, sobretudo no re­­crutamento de futuros informantes, que poderiam temer que suas indagações viessem à tona. Por isso, o grupo de trabalho, chefiado pelo serviço de contra-es­­pio­­na­­gem da CIA, recompilará todos os documentos, a grande maioria confidencial, publicados pelo Wi­­kiLeaks nas últimas se­­manas.

Segundo uma fonte que pediu ao jornal Washington Post para não ser identificada, o vazamento de documentos da diplomacia norte-americana pode servir para que o governo dos Estados Unidos restrinja mais sua política de compartilhar informações confidenciais. Parte dos documentos divulgados pelo WikiLeaks pertencem ao servidor Secret Inter­­net Pro­­tocol Router Network (SIPRNet), uma rede que permite aos departamentos de governo dos Estados Unidos partilharem melhor suas informações.

Bradley Manning, um jovem soldado que está detido, é suspeito de ter passado os documentos ao WikiLeaks, uma vez que tinha acesso ao servidor como analista.

Lula

Novos documentos divulgados ontem pelo jornal espanhol El País revelam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu à Venezuela para pedir que Hugo Chávez "baixasse o tom" com os EUA. Segundo o relatório da diplomacia norte-americana, Dirceu disse ter sido enviado por Lula em uma reunião com John Danilo­­vich, então embaixador dos EUA em Brasília. O ex-chefe de gabinete brasileiro teria pedido que o presidente venezuelano "deixasse de brincar com fogo", embora Chávez tenha continuado a criticar contundentemente os EUA e o então chefe de Estado norte-americano, George W. Bush.

O embaixador explicou a Dir­­ceu que a posição de Washington em relação a Chávez era de não contestar o venezuelano para não precisar dar explicações. "As provocações de Chávez contra os EUA prejudicam os interesses nacionais da Venezuela e são motivos de preocupação para o Brasil e outros países vizinhos", escreveu Da­­ni­­lovich.

Ainda segundo o relatório, Dirceu teria prometido comunicar Chávez de que todos os EUA, e não apenas a Casa Branca, começavam a ver Caracas como um problema e que "essa tensa situação não beneficiava nem ele e nem seu país".

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