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Um cientista que trabalhou no programa nuclear soviético negou ser o cérebro por trás das atividades atômicas do Irã, conforme denúncias veiculadas pela imprensa norte-americana, noticiou um jornal russo nesta quinta-feira.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU) disse em um relatório nesta semana que existem fortes indicações de que um especialista estrangeiro ajudou o Irã a desenvolver um "sistema de detonação de altos explosivos".

O jornal The Washington Post, com base em relatórios de inteligência, identificou então esse especialista como sendo Vyacheslav Danilenko, e disse que ele passou pelo menos cinco anos ajudando o Irã.

O Kommersant, um dos principais jornais russos, disse ter localizado Danilenko, de 76 anos. Ele trabalhou durante décadas em um dos principais centros secretos de desenvolvimento de armas nucleares da Rússia, conhecido na época soviética como Chelyabinsk-70.

"Não sou físico nuclear e não sou o fundador do programa nuclear iraniano", disse Danilenko ao Kommersant. Ele não fez outros comentários ao jornal.

De acordo com o Kommersant, Danilenko era um dos maiores especialistas mundiais em nanodiamantes de detonação - ou seja, a criação de minúsculos diamantes por meio de explosões convencionais, numa técnica com usos que vão de lubrificantes à medicina.

Os EUA e seus aliados acusam o Irã de estar desenvolvendo armas nucleares secretamente. O governo iraniano nega, dizendo que seu programa nuclear se destina exclusivamente à geração de energia com fins civis.

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