Washington – Pesquisadores ligados aos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) do governo americano criaram uma imagem detalhada de uma porção da proteína que reveste o vírus HIV, no momento em que está ligada a um anticorpo.

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Diferentemente da maior parte do vírus, que sofre mutações constantes, essa proteína é estável e, mais importante, segundo os pesquisadores, parece vulnerável ao ataque de um anticorpo conhecido como b12, que é capaz de neutralizar o HIV.

A descoberta da estrutura vulnerável do vírus, e do anticorpo que a afeta, poderá facilitar o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus da aids. Segundo o principal cientista envolvido no projeto, Peter Kwong, "quanto mais aprendemos sobre o HIV, mais vemos quantos níveis de defesa o vírus tem contra ataques do sistema imunológico". Por exemplo, o HIV não só sofre mutações rápidas – o que frustra as tentativas do sistema imunológico de identificá-lo – como também é revestido por moléculas que evitam que os anticorpos bloqueiem as proteínas que o vírus usa para fixar-se nas células que ataca.

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Uma vacina eficiente contra o HIV provavelmente precisará induzir a formação de anticorpos capazes de detectar e destruir diversas versões do vírus. O b12 é um desses anticorpos especiais.

Até agora, ninguém havia conseguido determinar a estrutura exata do b12, durante sua interação com a proteína vulnerável do vírus, chamada gp120. O trabalho é descrito na edição desta semana da revista Nature.