Este novo ano poderá ser o mais quente de todos, desde que as temperaturas médias anuais são registradas por cientistas, segundo a reportagem principal do "Independent", respeitável publicação britânica. O motivo: a combinação do aquecimento global com o fenômeno "El Niño". A previsão é do professor Phil Jones, diretor da Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia.

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Ele disse ao jornal que "El Nino torna o mundo mais quente, e já temos uma tendência de aquecimento que está aumento as temperaturas globais em um ou dois décimos de um grau por década. Juntos, deverão fazer 2007 mais quente que o ano passado e talvez dos próximos 12 meses o ano mais quente já registrado".

Outro cientista, o americano Jim Hansen, disse que o aquecimento global vai estar fora de controle e mudar o planeta para sempre, a menos que uma rápida ação seja empreendida quanto ao aumento das emissões de carbono. Ele disse que não haverá gelo no Pólo Ártico, o nível do mar vai subir e espécies serão extintas.

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Em artigo publicado nesta segunda-feira no mesmo jornal, David King, o principal assessor para assuntos científicos do governo britânico, afirma que 2006 mostrou que a discussão sobre aquecimento global já está encerrada. Algum progresso foi feito no ano passado, mas os chefes de Estado de todo o mundo precisam trabalhar em ações que cortem as emissões de gases.

O fenômeno de aquecimento das águas do Pacífico foi verificado pela última vez em 1997 e 1998. Mais de duas mil pessoas morreram em conseqüência dos efeitos do aquecimento, que causaram danos na ordem de US$ 35 bilhões.

A divisão climática da Organização das Nações Unidas afirmou que o "El Niño" já aumentou, desde o fim do ano passado, 1,5 grau as águas do Pacífico. Na pior das hipóteses, os efeitos vão ser sentidos ao longo dos próximos 18 meses.

Dois já foram detectados: seca na Austrália e elevação da temperatura das águas no Oceano Índico.