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Cientistas dos Estados Unidos usaram com sucesso veneno sintético de escorpião para inserir iodo radioativo e reduzir os tumores cerebrais chamados gliomas, afirma um estudo divulgado pela revista "Journal of Clinical Oncology".

Após a primeira fase de testes clínicos, o método demonstrou ser seguro e não afetar os tecidos que circundam os tumores, afirmam os cientistas. O principal ingrediente do veneno é o TM-601, uma versão sintética do peptídio que existe no veneno do inseto identificado como "escorpião gigante amarelo israelense", assinalam os cientistas no relatório.

O TM-601 adere às células do tumor cerebral e tem a capacidade de atravessar a barreira que impede que a maioria das substâncias cheguem ao tecido cerebral através do fluxo sanguíneo.

"Utilizamos o TM-601 como veículo para transportar iodo às células do tumor, e já há indícios de que ele também pode interromper o crescimento das células dos tumores", assinalou Adam Mamelak, do Instituto de Neurocirurgia do Centro Médico Monte Sinai.

O neurocirurgião acrescentou que, se novos estudos confirmarem estas características, a substância poderia ser usada em outros tratamentos, como a quimioterapia. Mamelak explicou que a capacidade do TM-601 de impedir o crescimento do câncer poderia ajudar a reduzir a dose de quimioterapia necessária para obter um efeito terapêutico.

Os tumores cerebrais são extremamente agressivos e mortais, e apenas 8% dos pacientes sobrevivem dois anos depois do diagnóstico. Até que se realize uma intervenção cirúrgica para extirpar o glioma, as células cancerígenas continuam sua proliferação no cérebro. Nos Estados Unidos, este tipo de câncer afeta a cada ano cerca de 17 mil pessoas.

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