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| Foto: ROSLAN RAHMAN/AFP

Com inflação e real desvalorizado, o custo de vida nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro despencou para os padrões internacionais, segundo pesquisa da Economist Intelligence Unit (EIU), da revista britânica The Economist. A cidade com custo de vida mais alto é Cingapura.

A capital paulista caiu 57 posições no ranking, passando do 50º para o 107º lugar. O Rio perdeu 52 posições e foi do 61º para o 113º lugar, com um custo de vida que é quase metade do de Nova York (7ª colocada).

O estudo compara uma cesta de produtos e serviços – como alimentação, vestuário, moradia, transporte e educação – de 113 cidades, tendo como base o custo de vida em Nova York.

“Em quase 17 anos de trabalho com essa pesquisa, não me lembro de um ano tão volátil quanto 2015”, disse Jon Copestake, editor do levantamento.

Segundo ele, a queda dos preços das commodities criou pressões deflacionárias em alguns países e, em outros, enfraqueceu o câmbio e gerou uma “inflação galopante”.

O relatório cita que o excesso de oferta e a redução da demanda da China diminuíram o valor das exportações do Brasil, bem como da Austrália e do Canadá, fazendo a moeda “murchar” ainda mais.

Segundo a EIU, quem deve sair ganhando com as cidades brasileiras mais baratas são os turistas. “As estimadas 480 mil pessoas que planejam viajar para os Jogos Olímpicos de 2016 devem se beneficiar do espetacular declínio do custo relativo de vida no Rio”.

Em nota, a EIU destaca, no entanto, que, com a inflação em dois dígitos (10,67%) no ano passado, os brasileiros não devem sentir os mesmos benefícios dessa queda.

Extremos

Cingapura mantém seu título de cidade mais cara do mundo pelo terceiro ano consecutivo, mas está 10% mais barata do que no ano passado.

Zurique, na Suíça, aparece na segunda posição, seguida por Hong Kong -que subiu sete colocações. Londres (Reino Unido), Nova York e Los Angeles, ambas nos Estados Unidos, subiram para o 6º, 7º e 8º lugar, respectivamente, desbancando as australianas Sydney e Melbourne e a norueguesa Oslo do “top dez”.

Segundo a pesquisa, a combinação de dólar forte com euro mais fraco empurrou cidades da Zona do Euro para baixo no ranking.

Lusaka, capital do país africano Zâmbia, viu sua moeda se desvalorizar rapidamente com a queda no preço do cobre, e é considerada a cidade mais barata do mundo. O custo de vida em Lusaka é dois terços menor que o de Cingapura.

Cidades do sul da Ásia também continuam a oferecer um custo relativo de vida baixo. Só Índia e Paquistão são responsáveis por cinco das dez cidades mais baratas.

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