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Ataque aéreo da Otan mata pelo menos 21 civis

O objetivo do ataque era apoiar uma operação por terra contra um grupo de talibãs.

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O bombardeio aéreo que causou a morte de pelo menos 21 civis no sul do Afeganistão na noite de terça-feira foi efetuado pela coalizão sob comando americano, não por tropas da Otan, declarou nesta quarta-feira o porta-voz da Otan James Appathurai.

"Não era uma operação da Otan, mas uma operação da coalizão" dirigida pelos Estados Unidos, afirmou, ao ser ouvido pela imprensa paralelamente a uma reunião dos chefes de estado-maior da Otan, cujo tema principal era justamente o Afeganistão.

A questão dos danos ditos colaterais infligidos aos civis durante os combates "certamente esteve no centro das conversas" dos chefes militares dos 26 países da Otan, reunidos por dois dias na sede da Aliança Atlântica, em Bruxelas, acrescentou o porta-voz, sem dar mais detalhes.

A Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF) dirigida pela Otan conta com 37.000 soldados de 37 países. A coalizão sob comando americano tem 14.000 militares de uma dezena de países, alguns dos quais, como os Estados Unidos, pertencem à Otan e também integram a ISAF.

A coalizão anunciou que um de seus soldados morreu em Sangin na noite de terça-feira durante um ataque talibã. Ela não mencionou, no entanto, uma operação aérea em apoio às suas tropas terrestres.

Pelo menos 21 civis afegãos, entre eles mulheres e crianças, foram mortos na noite de terça-feira num bombardeio aéreo efetuado pelas forças estrangeiras em Sarwan Sala, no distrito de Sangin, de acordo com o governador da província de Helmand, Asadullah Wafa.

O balanço deve piorar, já que vários corpos ainda estão sob os escombros, segundo um aldeão.

Este novo incidente acontece menos de duas semanas depois da morte de cerca de 50 civis no oeste e no leste do país, durante outras operações militares da coalizão liderada pelos Estados Unidos.

O porta-voz da Otan admitiu que "é preciso perservar o apoio dos afegãos à presença das forças internacionais".

Ele lembrou, no entanto, a "complexidade das operações contra os talibãs, que vestem trajes civis e utilizam os civis como escudos humanos".

Para Appathurai, "os talibãs atacam deliberadamente os civis, e são responsáveis por 90% das vítimas civis no Afeganistão".

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