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A Colômbia autorizou na terça-feira a continuidade do processo de libertação de dois militares sequestrados pela guerrilha Farc, desde que haja garantias plenas de que eles serão entregues a uma missão humanitária.

O major da polícia Guillermo Solórzano e o suboficial do Exército Salín Antonio Sanmiguel deveriam ter sido entregues no domingo, mas aparentemente a guerrilha passou coordenadas erradas para o resgate.

"A primeira decisão é autorizar a continuidade do processo de libertação do major e do cabo nos próximos dias, para isso tomamos muitas precauções", disse o representante governamental Eduardo Pizarro.

"Somente quando tudo estiver disposto ... o Governo Nacional irá determinar a hora zero para iniciar as operações de libertação dos dois sequestrados."

Na região onde a dupla deveria ter sido entregue, as Forças Armadas mantêm intensas operações aéreas e terrestres contra Alfonso Cano, líder máximo das Farc, principal guerrilha colombiana.

O fracasso da missão humanitária liderada pela ex-senadora Piedad Córdoba, com apoio logístico do Brasil, irritou o governo de Bogotá.

"Não estamos dispostos a que as Farc voltem a descumprir seus compromissos e, portanto, lhes exigimos que nessa ocasião haja total responsabilidade e total compromisso com o que assumiram", alertou Pizarro.

Ele acrescentou que a nova tentativa será coordenada a partir de Cali, e que o governo respeitará os protocolos de segurança previamente acertados.

As Farc já libertaram nos últimos anos, de forma unilateral, 15 reféns de caráter político, o que segundo analistas serve para que a guerrilha mantenha seu protagonismo e melhore sua imagem pública.

Na semana passada, a guerrilha entregou quatro reféns à missão humanitária, o que gerou expectativas sobre um diálogo de paz entre as Farc e o governo.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, no entanto, disse que isso só poderá ocorrer quando a guerrilha entregar todos os seus reféns e abdicar da luta armada.

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