O tribunal eleitoral colombiano aprovou nesta quinta-feira (1) a realização de um referendo revogatório para definir o futuro do prefeito de Bogotá, Gustavo Petro.
Petro, um ex-rebelde de esquerda e ativista do combate à corrupção, tem cinco dias para recorrer da decisão do tribunal eleitoral da Colômbia.
Os detratores do prefeito bogotano o acusam de "populismo" e "incompetência". As principais críticas dos opositores do prefeito referem-se a um programa de subsídios à água consumida pela população carente da capital colombiana e ao historicamente caótico tráfego viário da cidade de 8 milhões de habitantes.
O prefeito atribui a consulta a setores conservadores contrários a sua eleição. "Em um processo de mudança sempre haverá um setor da sociedade que resiste", escreveu ele em sua conta no Twitter.
Um abaixoassinado para convocar o referendo revogatório obteve mais de 355 mil assinaturas válidas, quase o mesmo número de votos obtidos por Petro em sua vitoriosa campanha para prefeito em 2011.
Para que possa valer, no entanto, o referendo revogatório precisa contar a participação direta de pelo menos 1,2 milhão de eleitores. Tradicionalmente, eleições locais na Colômbia têm baixo índice de comparecimento.
Outro problema para os promotores do referendo é o fato de a mobilização não contar com apoio declarado dos principais partidos políticos colombianos.
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