Luis Manuel Diaz, pai do jogador Luis Diaz, acena após ser libertado pelo ELN, no início de novembro. Sequestro paralisou negociações entre guerrilha e governo.| Foto: Ricardo Maldonado Rozo/EFE
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As delegações do governo da Colômbia e dos guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) se reunirão na Cidade do México para tentar “superar” a crise nas negociações de paz causada pelo sequestro do pai do jogador de futebol Luis Díaz. O anúncio foi feito na sexta-feira pela delegação do governo, que detalhou em breve comunicado que, a partir de 30 de novembro, representantes do governo e do ELN se reunirão na Cidade do México. “Dedicaremos nossos esforços para superar a crise pela qual as conversas estão passando atualmente, gerada pelo sequestro do senhor Luis Manuel Díaz. Apreciamos o compromisso do México e do presidente Andrés Manuel López Obrador com a construção da paz na Colômbia”, acrescentou a declaração.

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Tudo parecia estar indo bem nas negociações até que o sequestro de Luis Manuel Díaz, pai do jogador do Liverpool, foi noticiado em 28 de outubro. Dias depois, a delegação do governo denunciou que ele estava nas mãos do ELN, que o libertou dez dias depois. A guerrilha reconhece que foi um erro e fez uma autocrítica, embora tenha insistido que não se trata de uma violação do cessar-fogo, pois, segundo o comandante do grupo, Antonio García, “não há nenhum acordo em que o ELN tenha se comprometido a não realizar operações financeiras, inclusive a privação da liberdade”. No entanto, o sequestro de civis que não têm nada a ver com o conflito – a chamada “tomada de reféns” – é uma violação do Direito Internacional Humanitário, de acordo com as Convenções de Genebra, e, portanto, é proibido pelo cessar-fogo e constitui crime de guerra.

O negociador-chefe do governo, Otty Patiño, solicitou na semana passada uma reunião extraordinária com o representante do ELN, de codinome “Pablo Beltrán”, o que atrasou por quase um mês a quinta rodada ordinária de negociações programada para ocorrer no México.

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