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A Colômbia fechou na segunda-feira sua controvertida central de inteligência depois de seu envolvimento em perseguições e interceptações ilegais de comunicações de magistrados, jornalistas e políticos de oposição ao governo do ex-presidente Alvaro Uribe.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse que as funções do Departamento Administrativo de Segurança (DAS) serão assumidas por outros órgãos, como o Ministério das Relações Exteriores, que comandará as questões de migração, e o Ministério do Interior, que será encarregado da proteção de pessoas que correm risco de vida.

Os trabalhos de investigação realizados pela polêmica central de inteligência, que também apagou antecedentes criminais de pessoas acusadas de narcotráfico, serão assumidos pelo Ministério Público e pela Polícia Federal.

"Não é uma transformação, não é uma reforma. No caso do DAS é uma liquidação. O DAS está sendo extinto", afirmou o presidente Santos em coletiva de imprensa.

O presidente disse que uns 92% dos aproximadamente 6 mil funcionários da central de inteligência passarão para outras dependências do governo e os demais permanecerão na entidade durante o processo de liquidação.

Santos liquidou o DAS com base em poderes especiais concedidos pelo Congresso para modernizar o Estado, segundo os quais restabeleceu os ministérios de Justiça e Trabalho.

A espionagem ilegal feita a partir da central de inteligência foi um dos escândalos mais graves enfrentados no segundo mandato de Uribe. O ex-presidente governou o país, de 46 milhões de habitantes, entre 2002 e 2010.

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