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A Colômbia questionou a Venezuela nesta quarta-feira por tentar justificar o assassinato de nove colombianos com o argumento de que eles pertenciam a um grupo paramilitar, e pediu que Caracas combata a criminalidade sem levar em conta as motivações dos delitos.

A declaração da Colômbia foi feita em meio à intensificação da crise diplomática entre os dois países. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, ameaçou fechar a fronteira e reforçar o controle militar após o assassinato de integrantes da Guarda Nacional.

"A Colômbia combate com determinação todas as manifestações de criminalidade e terrorismo com pleno respeito à independência judicial, sem se importar com a suposta motivação dos delitos", disse um comunicado lido pelo chanceler Jaime Bermúdez.

"Qualquer hipótese é de suma gravidade. Algumas vozes neste país querem sugerir que, por se tratar de supostos integrantes dos chamados grupos paramilitares, existiria algum tipo de justificação para o ocorrido", dizia o comunicado.

Chávez, o maior crítico dos Estados Unidos na América Latina, congelou em julho as relações com a Colômbia e ordenou a interrupção do comércio binacional de mais de 7 bilhões de dólares anuais em resposta à decisão de seu colega, o colombiano Álvaro Uribe, de intensificar um plano de cooperação militar com Washington.

A crise agravou-se na segunda-feira, depois que dois militares venezuelanos foram mortos a bala por pistoleiros, o que provocou o fechamento da fronteira entre o Estado de Táchira, na Venezuela, e o departamento de Norte de Santander, na Colômbia.

Anteriormente, nove colombianos sequestrados por um grupo armado apareceram mortos em Táchira, no que a Venezuela classificou como um ato do conflito interno da Colômbia.

O governo de Bogotá declarou-se preocupado com a situação de violência na Venezuela, que já cobrou a vida de vários colombianos, e assegurou que é dever dos países combater todas as modalidades de criminosos, sejam eles narcotraficantes, terroristas ou milicianos.

A Colômbia insistiu na necessidade de esclarecer o massacre de seus cidadãos na Venezuela e reiterou sua disposição para colaborar na identificação, captura e condenação dos responsáveis.

A Colômbia também repudiou o assassinato dos membros da Guarda Nacional da Venezuela, país com quem compartilha uma fronteira terrestre de 2.219 quilômetros.

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