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Colonos judeus soltaram balões ontem, horas antes do fim da moratória de obras em assentamentos judaicos, que se estendeu por dez meses e expirou à meia-noite em Israel (19 horas, em Brasília).

Enquanto isso, diplomatas norte-americanos e israelenses tentavam encontrar algum meio de evitar que os palestinos cumpram a promessa de abandonar as recém-retomadas negociações de paz no Oriente Médio. O processo de paz foi suspenso pela última vez em dezembro de 2008, após 22 dias de conflitos em Gaza.

Em Revava, um assentamento judaico no interior da Cisjordânia ocupada, cerca de 2 mil pessoas soltaram no ar 2 mil balões de gás azuis e brancos (as cores da bandeira de Israel) ao pôr do sol de ontem. Os balões simbolizam as 2 mil unidades habitacionais que os colonos afirmam estar prontos para construir imediatamente.

"A moratória acaba hoje e faremos o que estiver a nosso alcance para que nunca mais aconteça", disse Dani Dayan, um líder dos colonos, à multidão reunida. "Nós voltamos com mais energia e ainda mais determinados a povoar esta terra."

Nas proximidades de Revava, cerca de 130 judeus ultraortodoxos foram a uma creche no interior da Cisjordânia e retomaram simbolicamente as obras no local.

Em Paris, no entanto, o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, conclamou Israel a manter a moratória e disse que, sem ela, negociar a paz seria "perda de tempo". Ainda segundo Abbas, o Estado judeu precisa fazer uma escolha: a paz ou os assentamentos.

Os palestinos ameaçavam abandonar as negociações se as construções fossem retomadas, enquanto Benjamin Netanyahu insistia em que não ampliaria o prazo, apesar dos apelos públicos do presidente dos EUA, Barack Obama.Os palestinos decidiram ontem convocar uma reunião da Liga Árabe para 4 de outubro com o objetivo de avaliar a situação, o que dará algum tempo para a ação dos diplomatas envolvidos na busca por uma solução.

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