Homem com máscara de proteção caminha em Madri durante horário para exercício permitido pelo governo da Espanha, 2 de maio de 2020| Foto: Gabriel BOUYS / AFP
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Apenas 5% da população espanhola contraiu o novo coronavírus, ainda que essa taxa aumente para 10% na região de Madri e em outras do centro do país, segundo estudo publicado nesta quarta-feira, 13, pelo governo da Espanha.

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Na Espanha, mais de 27 mil pessoas morreram pela Covid-19 até esta quarta-feira (13), segundo os dados oficiais divulgados pela Universidade Johns Hopkins. O país ocupa o quarto lugar dos países com mais infecções pelo novo coronavírus, com 228.691 casos confirmados (atrás de Estados Unidos, Rússia e Reino Unido), e o quarto lugar em número de mortes (depois de Estados Unidos, Reino Unido e Itália).

"O estudo constata que 5% da população espanhola, em nível nacional, teve algum contato com o vírus, ou seja, pouco mais de 2 milhões de pessoas", declarou o ministro da Saúde, Salvador Illa, ao comentar os primeiros resultados parciais do estudo iniciado em 27 de abril e que testou mais de 60 mil pessoas."O resultado que mais chamou atenção foi a grande variabilidade geográfica", ressaltou o ministro.

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O estudo demonstra que o coronavírus circulou muito mais no centro do país, especialmente na capital, do que em outras regiões. As maiores taxas de contágio foram registradas nas vizinhas Castilla e León, com 14,2% em Soria e Castilla-La Mancha por exemplo.

A Espanha, um dos países mais afetados pelo coronavírus no mundo está longe do nível suficiente de contágio, estimado em 65% a 70% da população, a partir do qual se considera que haja um nível suficiente de imunidade coletiva.

"Estamos longe da imunização de grupo. Não sabemos o que vai acontecer, mas poderia haver um novo pico da infecção. Por isso, os critérios de cautela e de tomar as decisões com a maior informação disponível, é o mais sensato", disse Marina Pollán, diretora científica da pesquisa.

Até agora, o governo espanhol relatou apenas os resultados de uma primeira onda de "testes rápidos" para encontrar anticorpos contra o coronavírus.

"Não encontramos diferenças entre homens e mulheres, nem nas faixas etárias", embora "seja verdade que crianças e adolescentes pareçam ter uma prevalência mais baixa", explicou o ministro.

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A França, que ultrapassou o número de 27 mil mortes nesta quarta publicou um estudo semelhante que mostra que menos de 10% da população foi infectada pelo novo coronavírus na região de Paris e no nordeste, as duas áreas mais afetadas no país.