Com ataque aéreo, Ucrânia dá ultimato a rebeldes

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A força aérea realizou um ataque ao aeroporto de Donetsk, no leste do país, para expulsar os rebeldes pró-russos que tentavam assumir o controle do local. "Às 13h locais (7h de Brasília), foi dado um ultimato aos terroristas que, de forma ilegal, tinham entrado no aeroporto de Donetsk. Foi comunicado que, se não atendessem às exigências, as forças ucranianas tomariam medidas de força para libertar o aeroporto", disse um porta-voz ucraniano.

O chefe de imprensa da operação das forças ucranianas contra as fortificações separatistas pró-russas, Vladislav Selezniov, explicou que, como a ordem não foi atendida, lançaram um "ataque aéreo sobre as posições dos terroristas". Ele relatou que, primeiramente, um avião SEU-25 fez disparos de advertência. Depois, segundo ele, um avião Mig-29 lançou um ataque sobre os lugares onde os terroristas se concentravam.

Um helicóptero também destruiu uma plataforma antiaérea que atacava os aparatos ucranianos.

O aeroporto internacional de Donetsk teve suas atividades canceladas ontem de manhã e por exigência dos rebeldes separatistas, que invadiram o recinto e, mais tarde, tomaram o controle.

Batalha

Homens das autodefesas pró-russas se posicionaram nos telhados do aeroporto para fazer frente à ofensiva aérea do Exército ucraniano.

Vários jornais locais informaram que o Exército usou unidades de paraquedistas na zona para oferecer resistência aos separatistas, enquanto testemunhas dizem ter ouvido inúmeros tiroteios e explosões no local.

A imprensa russa informou que um depósito com lubrificantes, situado junto ao aeroporto e que supostamente pertencente à Guarda Nacional ucraniana, foi incendiado, enquanto um grupo de jornalistas que trabalhava na região foi baleado pelas tropas ucranianas.

Acordo sobre gás com a Rússia avança

O comissário europeu de Energia, Günther Oettinger, considera possível que se chegue a um acordo entre a Rússia e Ucrânia sobre as provisões de gás e as contas a pagar antes de 1.º de junho. Ele manifestou sua opinião após os avanços de ontem durante um encontro trilateral em Berlim.

"Ainda não estamos do outro lado, as duas partes precisam falar com seu primeiro-ministro ou com seu presidente e com a cúpula do Naftogaz", disse Oettinger, mediador entre as duas partes no encontro.

O acordo, que ainda deve ser ratificado contempla que o consórcio ucraniano Naftogaz pague na próxima quinta-feira 2 bilhões de euros à russa Gazprom como parte das faturas pendentes.