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O comandante dos Estados Unidos no Iraque, general George Casey, disse nesta terça-feira em entrevista coletiva que os iraquianos poderão responder pela segurança do país num prazo entre 12 a 18 meses.

O general disse que os americanos vão continuar os esforços para reduzir gradativamente sua presença militar no Iraque. Mas, quando e se for necessário, ele pedirá mais efetivos.

A entrevista coletiva foi dada em conjunto com o embaixador americano no Iraque, Zalmay Khalilzad. O embaixador disse que o governo iraquiano vai elaborar um cronograma de segurança. Ele disse que a retirada americana é possível, num prazo de tempo que chamou de "realista".

O embaixador pediu aos líderes iraquianos que trabalhem mais duramente para alcançar os objetivos políticos e de segurança.

O general Casey voltou a acusar a Síria e o Irã de ajudar os grupos armados no Iraque.

A coletiva foi dada em meio à notícia de que um soldado americano sumiu em Bagdá . Ele pode ter sido capturado por insurgentes.

Nos Estados Unidos, como mostra o blog de José Meirelles Passos , o apoio à política republicana no Iraque está erodindo a liderança de George W. Bush.

Pesquisas encomendadas por jornais britânicos mostram que o apoio popular na Grã-Bretanha também é cada vez menor.

Somente nesta terça-feira, o Conselho Consultivo dos Guerreiros, grupo-mãe dos insurgentes sunitas do Iraque, entre os quais o grupo Al-Qaeda no Iraque, divulgou na internet seis vídeos de ataques a tropas americanas.

Um outro grupo, o Exército de Al-Rashideen (ou Exército dos Batalhões Adultos), não-filiado ao Conselho, prometeu em sua página na internet, nesta terça, infligir "frustração e dor" ao "criminoso Bush e seus seguidores".

As tropas americanas perderam 89 soldados neste mês. As forças iraquianas perderam 300 homens. O mês mais letal para os americanos foi novembro de 2004, com 137 mortos.

O embaixador Khalilzad disse que o governo do Iraque concordou com o prazo sugerido pelos americanos de ter, até o fim deste ano, um calendário para que as questões que dificultam a normalização da vida política e social do Iraque sejam enfrentadas e resolvidas. Ele não detalhou quais seriam as etapadas de tal calendário.

- Os líderes iraquianos concordaram com um prazo para tomar decisões difíceis, necessárias para resolver essas questões - disse ele. - Os líderes devem avançar para alcançar os marcos políticos e de segurança com os quais concordaram - disse ele.]

Um dos marcos seria a implementação de um sistema que dividisse a riqueza obtida com as vendas de petróleo entre todos os grupos étnicos e religiosos.

Até agora, os iraquianos obtiveram o controle de apenas duas províncias do sul do país, região particularmente problemática. Os Estados Unidos controlam a segurança de 16 províncias.

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