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O julgamento do apresentador e diretor da rede de televisão "Al Farain", Tawfiq Okasha, acusado de insultar e instigar o assassinato do presidente do Egito, Mohammed Mursi, começou neste sábado em um tribunal no Cairo.

Uma fonte judicial informou que o jornalista assistiu à sessão na sede da corte penal, onde do lado de fora se concentraram simpatizantes de Okasha que gritaram palavras de ordem contra Mursi e a Irmandade Muçulmana.

Houve momentos de tensão, já que ao local também foram críticos do popular apresentador. Alguns jornalistas e fotógrafos chegaram a ser agredidos, segundo a agência de notícias estatal "Mena".

Durante a audiência, o acusado negou as acusações e alegou que o caso nada mais é do que uma disputa política entre ele e os membros da Irmandade Muçulmana.

Segundo a Promotoria, entre julho e agosto, em seu programa Masr Al Youm ("Egito de hoje", em português), Okasha pediu o assassinato de Mursi e acusou o presidente de ser ilegítimo e mentiroso. O promotor considera que o jornalista cometeu dois crimes previstos pela lei com penas de três anos de prisão cada.

O tribunal decidiu realizar a continuação da audiência em 3 de outubro, após um pedido dos advogados da defesa para se prepararem e estudarem o caso.

No dia 10 de agosto, a rede "Al Farain" suspendeu temporariamente suas transmissões por ordem das autoridades e após um processo do Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana, e do qual Mursi foi presidente até ser eleito chefe de Estado.

O polêmico Okasha é um ferrenho defensor do Conselho Supremo das Forças Armadas, que dirigiu a transição política no Egito até a chegada ao poder de Mursi, no fim de junho deste ano.

O apresentador, que se posicionou nas eleições vencidas por Mursi a favor de seu concorrente, o general reformado Ahmed Shafiq, foi especialmente crítico com os islamitas e com a revolução que levou à renúncia do ex-presidente Hosni Mubarak em fevereiro de 2011.

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