A comissão eleitoral da Venezuela está investigando os dois lados da disputada eleição presidencial deste ano por supostas irregularidades de campanha, a dois meses da votação no país, membro da Opep.
O presidente Hugo Chávez disputará com o jovem candidato da oposição, Henrique Capriles, a eleição de 7 de outubro, que se tornou a batalha política mais dura do líder socialista em 14 anos de poder.
Com ambos os lados fazendo acusações de jogo sujo, todos os olhos se voltam para o Conselho Nacional Eleitoral, que informou na noite de quinta-feira (2) que está investigando o canal de televisão estatal VTV, o jornal Correo Del Orinoco, controlado pelo governo, e a campanha da oposição.
O Conselho informou que a VTV supostamente pagou por propaganda eleitoral, enquanto o Correo Del Orinoco teria usado a imagem de um candidato da oposição sem permissão em uma propaganda negativa.
O órgão também citou a oposição, por suspeita de exceder os limites nos comerciais de televisão e nos jornais impressos, e acrescentou que analisará se Capriles infringiu alguma regra ao doar um boné de beisebol com a bandeira da Venezuela. Se algum lado for considerado culpado por alguma infração, poderá ser multado.
Às vésperas da votação, aumenta a pressão sobre o Conselho para agir com mais rigidez a fim de garantir uma disputa mais equilibrada. Chávez também pediu que a mídia estatal cumpra as regras eleitorais.
A equipe de Capriles não pode se equiparar aos recursos de Chávez, que com frequência obriga os canais de TV estatais e privados a transmitir seus longos discursos ao vivo em cadeia nacional.
O presidente diz que usa as "cadeias" apenas para assuntos do governo e que eles não têm relação com a campanha de reeleição. Em um comício recentemente, Chávez censurou os simpatizantes que pediram que entrasse em "cadeia" e disse que tem de se aferrar às regras.
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