São Paulo O governo boliviano enviará hoje uma comissão à região de Gran Chaco para negociar com os representantes locais que ameaçam a operação do campo de gás Margarita, que abastece o Brasil e o mercado interno. A medida foi anunciada pelo vice-ministro de Coordenação com os Movimentos Sociais, Sacha Llorenti, segundo a Agência Boliviana de Informações (ABI).
De acordo com Llorenti, o governo boliviano já atendeu duas das três reivindicações da população. Entre as demandas atendidas está a instalação, na região, de uma vice-presidência da estatal petrolífera YPFB e a construção de uma ponte internacional interligando à Argentina. O vice-presidente informou que a Bolívia já iniciou conversas com o país vizinho para viabilizar a implantação do empreendimento.
Permanecerá em indefinição, por enquanto, o conflito de jurisdição em torno de Margarita. Llorenti disse que a competência para resolver a disputa entre as províncias O Connor e Gran Chaco pela região de Cantón Chimeo, onde se encontra o campo e as unidades de bombeamento de gás é do governador de Tarija, Mario Cossío.
Antes do anúncio, a população de Gran Chaco já havia iniciado o fechamento das estradas que a interligavam a região à Argentina, ao Paraguai e ao departamento de Santa Cruz, na Bolívia.
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