Houve "sérios problemas" na votação que levou Vladimir Putin de volta à presidência da Rússia, disse nesta segunda-feira Tonino Picula, chefe da principal missão internacional de observação eleitoral, alimentando os planos da oposição para a realização de um protesto maciço mais tarde nesta segunda-feira.
Putin venceu no domingo o pleito presidencial como era esperado, retornando ao Kremlin e garantindo sua permanência no poder por mais seis anos. Opositores, porém, afirmaram que a votação foi fraudada. Uma manifestação foi marcada para esta segunda-feira na Praça Pushkin, em Moscou. Meios de comunicação relatam que cerca de 12 mil policiais e tropas vão estar de prontidão para assegurar a ordem.
"Não houve competição real, e os abusos dos recursos do governo garantiram que o vencedor final das eleições nunca estivesse em dúvida", afirmou Picula. O presidente da Comissão Eleitoral Central, Vladimir Churov, disse, em entrevista à imprensa, que Putin recebeu 45,1 milhões de votos, 63,75% dos votos em âmbito nacional, com base em uma taxa de participação de 65,3%. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.
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