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LONDRES - O comissário-chefe da Scotland Yard, Ian Blair, disse nesta terça-feira aceitar a investigação aberta sobre sua conduta no caso da morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, abatido por agentes em uma estação do metrô londrino ao ser confundido com um terrorista suicida.

- Vejo isso como parte apropriada da responsabilidade do meu serviço, aberto a investigação - afirmou Blair.

Na segunda-feira, uma comissão independente disse que investigará se o chefe da polícia de Londres mentiu publicamente após a morte do eletricista mineiro. A decisão da Comissão Independente de Reclamações contra a Polícia (IPCC, na sigla em inglês) foi tomada após uma queixa apresentada pela família do brasileiro, morto na estação de Stockwell em 22 de julho.

Relatos iniciais da polícia e de testemunhas diziam que o eletricista mineiro estava usando uma jaqueta volumosa, havia pulado a roleta da estação e tinha fugido de policiais ao ser abordado.

Entretanto um relatório inicial da IPCC que acabou vazando pôs em dúvida a versão, desmentida pelas câmeras de vídeo da estação. A família de Jean Charles acusou Blair, que inicialmente elogiou o desempenho dos agentes, de mentir à imprensa nas primeiras horas após o incidente.

Blair, que mais tarde se desculpou pela morte e disse não estar ciente dos erros dos policiais até 24 horas depois do incidente, disse aos repórteres que o caso tinha ligações com os ataques frustrados contra Londres em 21 de julho e que o brasileiro havia se recusado a obedecer instruções dos policiais.

Duas semanas antes, quatro terroristas suicidas haviam matado 52 pessoas em ataques contra o sistema de transporte público de Londres.

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