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Soldados ucranianos que enfrentam pró-russos no leste do país | Oleksandr Klymenko / Reuters
Soldados ucranianos que enfrentam pró-russos no leste do país| Foto: Oleksandr Klymenko / Reuters

Cerca de 2,3 mil militares ucranianos morreram no leste do país desde o início da operação para recuperar o controle dos territórios ocupados por rebeldes pró-Rússia, informou ontem o comandante das Forças Armadas da Ucrânia, Alexei Nozdrachev. Segundo ele, outros 273 militares ucranianos estão desaparecidos.

Depardieu

A Ucrânia proibiu ontem a entrada do ator francês Gérard Depardieu no país. Em maio deste ano, Depardieu (que ganhou cidadania russa em janeiro de 2013) disse amar a Ucrânia, “que é parte da Rússia”. Ele integra uma lista de 600 pessoas que não condenaram a invasão do leste do país por forças pró-Rússia. O ator se mudou para a Rússia para fugir dos altos impostos na França.

“Dos desaparecidos, 40% podem estar em cativeiro, enquanto os 60% restantes provavelmente morreram”, disse Nozdrachev. O conflito entre separatistas pró-Rússia e forças leais ao governo de Kiev, na região de Donetsk e Lugansk, começou há 15 meses.

O chefe adjunto da missão da Organização para a Cooperação e Segurança na Europa para o leste da Ucrânia, o suíço Alex Hug, denunciou ontem que Kiev e os separatistas pró-Rússia não vêm respeitando o cessar-fogo estabelecido nos acordos de Minsk para regular o conflito. Segundo ele, os observadores da organização “foram atacados em várias ocasiões, apesar de as duas partes (Kiev e pró-Rússia) saberem onde estariam” os membros da missão.

O governo ucraniano e os separatistas se acusam de desrespeitar o acordo, que previa que todo armamento pesado de calibre maior a 100 milímetros fosse retirado da região.

Segundo os últimos dados da ONU, cerca de 6,5 mil pessoas, entre combatentes e civis, morreram no leste da Ucrânia em 15 meses de conflito entre os separatistas pró-Rússia e o Exército ucraniano. Os rebeldes são suspeitos de terem disparado o míssil que derrubou o voo MH 17 da Malaysia Airlines, em 17 de julho de 2014, quando 283 passageiros e 15 tripulantes morreram.

Ex-presidente

A Ucrânia deu início ontem aos procedimentos para julgar à revelia o ex-presidente Viktor Yanukovich e outros cinco ex-ocupantes de altos cargos do país por crimes como abuso de poder. Yanukovich foi derrubado da Presidência em fevereiro de 2014, após três meses de manifestações contra seu governo em Kiev e outras cidades. Desde então ele vive refugiado na Rússia. O Kremlim defende que a mudança de poder em Kiev foi um golpe de Estado apoiado pelo Ocidente.

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