Um conflito trabalhista entre o governo de Buenos Aires e os sindicatos dos trabalhadores da coleta de lixo, deixou inúmeras montanhas de residuos espalhadas por toda capital argentina nesta quarta-feira.

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Segundo as autoridades, cerca de 16 mil toneladas de lixo estão se acumulando nas ruas de Buenos Aires, uma situação que "põe em risco a salubridade de 14 milhões de pessoas", advertiu hoje o ministro de Espaço Público da Argentina, Diego Santilli.

Santillini também adiantou que o governo pediu diante dos tribunais que bloqueiem o acesso ao aterro onde são depositados os resíduos gerados na capital argentina e mais 28 municípios próximos a Buenos Aires.

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O conflito começou na segunda-feira, quando os trabalhadores da coleta de lixo declararam uma greve de dois dias. No entanto, esse incidente acabou se agravando na última noite, quando um grupo de "cartoneros" (catadores informais) bloqueou o acesso ao aterro e impediu que os caminhões de lixo descarregassem sua carga.

Os catadores reivindicam "cobertura médica, condições de trabalho dignas e o reconhecimento dos serviços de reciclagem que desenvolvem no aterro da Ceamse há quatro anos", explicou à agência "Télam" a presidente da cooperativa Trem Blanco, Lidia Quinteros.

A capital argentina enfrenta várias greves de coleta de lixo desde 2010, e as organizações ambientalistas denunciam que o governo descumpre a lei de "Lixo Zero", que, por sua vez, foi criada com a intenção de reduzir a quantidade de lixo com reciclagem.